quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ataques de Pânico


"O pânico é uma ansiedade aguda e extrema que é acompanhada por sintomas fisiológicos.

Os ataques de pânico podem ocorrer em qualquer tipo de ansiedade, geralmente como resposta a uma situação específica relacionada com as principais características da ansiedade. Por exemplo, uma pessoa com fobia às serpentes pode entrar em pânico quando encontra uma delas. No entanto, estas situações de pânico diferem das que são espontâneas, não provocadas e que são as que definem o problema como um pânico patológico.

Os ataques de pânico são frequentes: mais de um terço dos adultos manifestam-nos todos os anos. As mulheres são entre duas a três vezes mais propensas. A perturbação por pânico é pouco corrente e diagnostica-se em um pouco menos de 1 % da população. O pânico patológico começa geralmente na adolescência tardia ou cedo na idade adulta.

Sintomas e diagnóstico

Os sintomas de um ataque de pânico (entre outros, dificuldade respiratória, vertigens, aumento do ritmo cardíaco, sudação, falta de ar e dor no peito) alcançam a sua intensidade máxima no prazo de 10 minutos e normalmente dissipam-se dentro de poucos minutos, não sendo por isso possível ao médico observá-los, mas somente o medo da pessoa de sofrer outro terrível ataque. Como os ataques de pânico se produzem, frequentemente, de modo inesperado ou sem razão aparente, muitas vezes as pessoas que os manifestam preocupam-se antecipadamente com a possibilidade de sofrê-los de novo (uma situação conhecida como ansiedade antecipatória) e evitam os lugares onde sofreram ataques anteriormente. O facto de evitar os lugares que se temem denomina-se agorafobia. Se a agorafobia é suficientemente intensa, a pessoa pode chegar a enclausurar-se no seu próprio domicílio.

Como os sintomas de um ataque de pânico implicam muitos órgãos vitais, as pessoas muitas vezes preocupam-se pensando que sofrem de um problema do coração, dos pulmões ou do cérebro e procuram a ajuda de algum médico ou dirigem-se a um serviço de urgência. Embora os ataques de pânico sejam incómodos (às vezes de forma extrema), não são perigosos.

Tratamento

De modo geral, as pessoas recuperam dos ataques de pânico sem tratamento; alguns desenvolvem um pânico patológico. A recuperação sem tratamento é possível naqueles que têm ataques de pânico ou de ansiedade antecipatória recorrentes, particularmente se estiverem repetidamente expostos à situação ou ao estímulo que os provocam. As pessoas que não recuperam por si mesmas ou que não procuram tratamento continuam a suportar os processos de sofrimento e de recuperação de cada um dos ataques de maneira indefinida.

As pessoas respondem melhor ao tratamento quando compreendem que o pânico patológico implica processos tanto biológicos como psicológicos. Os medicamentos e a terapia do comportamento podem controlar, geralmente, a sintomatologia. Além disso, a psicoterapia pode ajudar a resolver qualquer conflito psicológico subjacente aos sentimentos e aos comportamentos ansiosos.

Os medicamentos utilizados para tratar a perturbação por pânico incluem os antidepressivos e os fármacos ansiolíticos, como as benzodiazepinas. Todos os tipos de antidepressivos tricíclicos (como a imipramina), os inibidores da monoaminooxidase (como a fenelzina) e os inibidores selectivos da recaptação de serotonina (como a fluoxetina) demonstraram ser eficazes. Embora se tenha provado a eficácia de várias benzodiazepinas em ensaios controlados, só o alprazolam está especificamente aprovado para tratar a perturbação por pânico. As benzodiazepinas actuam mais rapidamente do que os antidepressivos, mas podem causar dependência física e são mais propensas a desencadear certos efeitos secundários, como sonolência, alterações da coordenação e aumento do tempo de reacção.

Quando um medicamento é eficaz, previne ou reduz em grande medida o número de ataques de pânico. Pode ser necessário tomar um fármaco durante longos períodos se os ataques de pânico reaparecerem depois de se ter interrompido o tratamento.
A terapia de exposição, um tipo de terapia de comportamento na qual a pessoa é exposta repetidamente ao factor que desencadeia o ataque de pânico, ajuda, muitas vezes, a diminuir o terror. A terapia de exposição continua até que a pessoa desenvolva um alto grau de comodidade perante a situação que provocava a ansiedade. Além disso, as pessoa que temem sofrer um desmaio durante um ataque de pânico podem praticar um exercício que consiste em rodar numa cadeira ou respirar rapidamente (hiperventilar) até que sintam que vão desmaiar. Este exercício demonstra-lhes que não vão desmaiar durante o ataque de pânico. Praticando devagar, as respirações profundas (controlo respiratório) ajudam muitas pessoas com tendência a hiperventilar.

A psicoterapia com o objectivo de conhecer e compreender melhor os conflitos psicológicos subjacentes pode também tornar-se útil. Um psiquiatra acompanha a pessoa para determinar se este tipo de tratamento é adequado. De forma menos intensa, a psicoterapia de apoio é sempre apropriada porque um terapeuta pode proporcionar informação geral acerca da perturbação, do seu tratamento e das esperanças reais de melhorar e pelo apoio que confere uma relação de confiança com o médico." (in manual merck)

8 comentários:

  1. Olá. Se aprecia blogs/sites de beleza, tenho a boa notícia para lhe lembrar.
    O blog Girls Colection reabriu, com a mesma gerência mas com muito mais vontade.
    Não acredita?
    http://girlscolection.blogspot.com/
    Veja e impressione-se.
    *Agradecia que divulgasse, e divulgações serão retribuidas. Obrigada :D

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  2. Been there done that! E já há alguns anos que não tenho nada, nem tomo nada. De qq forma, há que ter sempre um sos na carteira, just in case, acho que funciona como placebo, só o facto de o ter ali.

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  3. Os ataques de pânico podem englobar enjoos? Tive uma viagem de autocarro longa e estava com medo de enjoar e enjoei de facto, mas apenas porque mais gente enjoou, foi uma espécie de "enjoo psicológico". Desde esse dia que comecei a morrer de medo de andar de autocarro (porque achava sempre que ia enjoar e podia até vomitar, coisa que odeio e de que também tenho medo). Esta situação expandiu-se para toda e qualquer situação nova ou pouco confortável do quotidiano: falar em público, andar de comboio, estar nas aulas etc etc...por vezes passava quase um dia inteiro sem comer e aí sentia-me mais ou menos bem. Primeiro diagnosticaram-me um problema na vesícula (vesícula "preguiçosa")mas mais tarde outro médico disse que eu sofria apenas de ansiedade. A minha questão é: como posso evitar isto? Já tomei medicação mas não melhorei muito e não posso andar sempre à base de ansiolitico. Agora já tenho a situação mais controlada mas sempre que conduzo, nas aulas, e principalmente nos testes volta tudo de novo e acabo sempre por evitar fazer algumas refeiçoes...

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  4. Caramba, o colega acima acaba de descrever a minha situação!!!
    Há uns anos atrás,quando eu tinha 15 anos, tive uma crise de paranóia desencadeada por uso de uma quantidade excessiva de maconha. Achei que fosse morrer devido ao efeito alucinógeno da droga. Mesmo depois de passado o efeito do entorpecente, continuei tendo umas crises, estas se faziam semelhantes ao efeito que eu tinha sentido ao usar a droga. Comecei então a ir frequentemente a um psiquiatra que me receitou o alprazolam e ficou fazendo o seu acompanhamento profissional. Eu ficava mal todos os dias, pensando que eu já não era mais a mesma pessoa. Eu sempre fui muito determinado e teimoso, logo, depois de pouco tempo disse para mim mesmo que nunca deixaria isso me controlar e que me recusava a aceitar ser vencido pela minha própria mente, rsrs.
    Passei um bom tempo sentindo ainda, mas forçava sozinho e via que no final das contas, eu sempre conseguia controlar. Porém, depois do ocorrido, eu nunca tinha me deparado com situações estressantes de fato. Dois anos depois, eu tive uma discussão muito feia com uma ex namorada. Na hora fiquei tão nervoso e ansioso que tive vontade de vomitar. No colégio eu lembrava da briga, então comecei a ficar enjoado nas aulas. Depois daí, tudo "degringolou". Passei a sentir muito enjoos nas aulas ou em locais fechados que "eu não podia sair". Tinha medo de vomitar! Acabava dando um jeito de sair da sala ou do local que eu estava. Quando terminei o colégio e fui para a faculdade, fiquei um pouco melhor, mas quando começaram as pressões da vida (estágio, estudar muito), a sensação ruim voltou. Comecei a sempre sentar atrás na faculdade, muitos professores me olhavam torto até, mas é porque eu me sentia melhor perto da porta. Era o lugar que eu conseguiria sair rápido, caso precisasse. Hoje em dia continuo assim. Estou com 22 anos e quase me formando em direito, mas ainda tenho muitas dificuldades nesse controle do emocional, e isso na minha área é muito complicado, pois tenho prazos para cumprir, audiências e agora começarei na maratona de estudo para concurso público.
    Resolvi começar a estudar sobre a nossa mente. Estou tentando desesperadamente conseguir controlar a minha, que sempre foi uma mente muito agitada, criativa(um tanto fantasiosa). Achei legal compartilhar isso aqui com vocês, porque gostaria de ouvir as opiniões de pessoas que já passaram por algo semelhante. A gente sempre acaba aprendendo mais um pouco. Se tiverem livros interessantes para indicar, eu gostaria muito.
    Agradeço desde já,
    Abraços à todos.

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  5. Para quem procura tratamento para a síndrome do pânico aqui vai a sugestão www.sempanico.com/

    o autor é Joe barry ele tem tratamento para qualquer tipo de pânico sem tomar remédios.

    to usando a técnica dele há pouco tempo e já to vendo um certo grau de melhora. Pelo menos os sintomas estão diminuindo.

    minhas crises eram de lugares fechados principalmente elevador e pânico quando eu acordava com o telefone tocando... nossa parecia que o coração ia sair pela boca.

    abraço aew ao pessoal.

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