segunda-feira, 16 de março de 2009

Bullying - violência em contexto escolar


Agridem os colegas da escola, humilham-nos em público e exercem chantagem psicológica e emocional.

Será que se trata de brincadeiras de crianças e próprias da idade?

Para a pedopsiquiatra Ana Vasconcelos, estes comportamentos apontam para algo que está errado.

"O humano é um ser gregário, por isso, há que avaliar as situações em que a relação com o outro se encontra marcada por um carácter agressivo."
Introduzido nos países escandinavos, no início da década de 80, o termo inglês "bullying" tem sido alvo de estudo nos últimos anos.

O conceito define "comportamentos de natureza agressiva, entre pares, com a intenção de provocar dano", diz Sónia Seixas, doutorada em Psicologia e autora de uma tese sobre bullying em contexto escolar.
A psicóloga indica, porém, que, embora este fenómeno tenha ganho eco nos últimos anos, o comportamento em si não é novo. "Há, agora, um olhar mais atento e direccionado para estas práticas", explica.

Ana Vasconcelos defende, ainda, que "sempre houve brigas entre miúdos". Mas, no caso do bullying, a violência não é pontual. "Estes comportamentos repetem-se no tempo", adianta a pedopsiquiatra.
E o que está na base desta violência gratuita?

"Há alturas em que a criança, para se sentir segura, precisa de mostrar aos outros que é mais forte", afiança Ana Vasconcelos.

E completa: "O bullying pode ser encarado como uma forma de exorcizar os medos."

Para garantir a conquista pelo poder, "os agressores vão detectando as suas vítimas nos recreios da escola".

O bullying baseia-se, por isso, numa luta desigual: há uma vítima e um agressor (também conhecido por bully). Segundo a pedopsiquiatra, as vítimas são, normalmente, "miúdos emocionalmente retraídos e com menos capacidades para encontrarem soluções ou fazerem queixa".
A psicóloga Sónia Seixas diz que nestes comportamentos "está implícita uma desigualdade de estatuto e de poder entre os alunos envolvidos". E, no contexto escolar, todos os motivos são válidos para colocar a vítima numa situação de inferioridade.

"O agressor exerce a sua supremacia através da força física, pelo facto de ser mais velho, de ter mais popularidade na escola e de ter um grupo de pares mais alargado. Contrariamente à vítima, que, regra geral, é um aluno mais negligenciado, mais rejeitado e com menos amigos que o defendam."

Aproveitando as fraquezas da vítima, o bully vai "minando a auto-estima e auto-confiança dos seus alvos". Cada vez mais impotentes, face às recorrentes agressões e humilhações, as vítimas vão-se "sentindo impotentes e sem capacidade de reacção", diz Ana Vasconcelos. "É no silêncio dos recreios barulhentos que têm lugar os comportamentos de bullying", reitera a pedopsiquiatra. E assegura que estas situações, por serem confundidas como diversão infantil, podem-se tornar quase invisíveis aos olhos dos adultos.
"O bullying às vezes está mascarado, porque, tendencialmente, ocorre em locais de pouca supervisão e vigilância dos adultos", corrobora Sónia Seixas. Há, também, casos em que a violência é exercida é confundida com brincadeiras de criança. De acordo com a psicóloga, urge desmistificar a falsa crença de que troçar e insultar faz parte do crescimento dos miúdos.

"Esta é uma ideia errada. Um dos motores de desenvolvimento da criança é o conflito. E este não pode ser ultrapassado com comportamentos de bullying. Não é normal que uma criança seja sistematicamente humilhada na escola, a ponto de lhe causar traumatismos psicológicos."

Pequenos e terríveis
Haverá uma verdadeira motivação para comportamentos de bullying?

"Os miúdos agressores têm uma auto-estima elevada e uma grande confiança em si próprios", responde Sónia Seixas.

A psicóloga refere, no entanto, que "a auto-imagem do bully é alimentada pelo sofrimento e domínio que exercem sobre os colegas".
Por encontrarem a vítima numa situação de vulnerabilidade e com uma rede social menos alargada, o bully agride o colega, insulta-o e a vítima não reage. E a partir deste momento torna-se um alvo fácil". Como a vítima se fecha em si própria e não se queixa - por ter vergonha e pelo medo de retaliação" - as agressões vão sucedendo no tempo.

O facto de a vítima ser frequentemente colocada numa situação de embaraço e de chacota pública perante os colegas, vai contribuir para "aumentar os seus níveis de insegurança, tristeza e depressão".
Segundo Sónia Seixas, para combater estas situações, "é preciso estar atento aos sinais de alerta".

A psicóloga diz que cabe aos pais e à comunidade escolar um papel mais interventivo nestas questões. A pedopsiquiatra Ana Vasconcelos partilha da mesma opinião, alertando para a necessidade de chamar os adultos à responsabilidade, já que as vítimas, por acharem que não vale a pena pedir ajuda, se encontram impotentes para encarar a situação.
"Os professores e os pais encontram-se numa situação privilegiada. Se as crianças chegam quase todos dias a casa com arranhões, com roupa rasgada, estes podem ser indícios de que estão a ser alvo de bullying por parte dos colegas na escola", observa Sónia Seixas. E salienta: "Ao notarem que a criança apresenta dificuldades em dormir, pesadelos e fobias escolares graves, os pais devem tentar perceber o que origina estes medos. Porque certos comportamentos ou reacções podem encapotar situações graves de agressividade por parte dos colegas."

Linha S.O.S bullying

808 968 888 é o número de telefone através do qual as vítimas de bullying podem solicitar ajuda. Com um horário de funcionamento entre as 18 e as 20h, a linha orienta as vítimas, via telefone, encaminhando-as para o profissional mais habilitado a intervir na situação.


Deixo-vos com este artigo,de um tema que me interessa bastante também!
Mais adiante em novo post,falarei de mais coisas acerca deste tema!
Beijinhos e uma boa noite
✿fifi✿

quarta-feira, 11 de março de 2009

Parabêns Fifi!


Lamento não tem nada a ver com a Psicologia, mas é apenas para deixar votos de Felicidades para uma das nossas amiguitas aqui do Post it Psicológico! Parabêns Fifi! Beijinhos votos de tudo de bom...

segunda-feira, 9 de março de 2009

O Luto - Introdução


“O luto significa a realidade de um amor que não morreu dentro de nós. De um amor que - por ser tão grande e profundo, por ser tão... único - não pode ser esquecido ou substituído enquanto durar o tempo de afastamento.”

Tinha esta frase esquecida num dos meus livros, não me lembro qual o seu autor. O Luto não é senão um processo adaptativo pelo qual todos passamos perante a morte de alguém que nos é próximo. Que forma cruel de resumir uma dor que nos dilacera por dentro e para a qual parece não haver solução. O luto é como um processo de reestruturação após a desestruturação que a morte implica no ser humano, este serve para transformar os momentos vividos com a pessoa que faleceu em memórias suaves e agradaveis.
No processo de luto é repensado o valor da vida e os vinculos relacionais, para que se possa retornar a vida o mais normal possivel. Os técnicos que lidam directamente com situações de luto devem estar alerta para as mudanças que se dão durante este processo, assim como familiares e amigos, pois é necessario que possam ser uma ajuda e não um entrave a que este decorra de forma o mais suave possivel.
“um amor que não morreu dentro de nós” é uma boa forma de o descrever.
O luto é uma experiência dolorosa, mas comum a todos os seres humanos, todos passamos ou passaremos por uma experiência de luto mais tarde ou mais cedo. Da mesma forma como somos todos diferentes também o luto acontece de formas diferentes dentro da cada um de nós, trazendo sentimentos novos e durando mais tempo para umas pessoas do que para outras. Embora o luto seja algo tão comum, não é um tema que frequentemente seja abordado no dia-a-dia. Evitamos encarar a morte e lidar com ela, evitamos compreender o que sentimos perante ela, não sabemos o que fazer e não sabemos distinguir o que é suposto acontecer e somos incapazes de o aceitar na maior parte das vezes.
O processo de luto dá-se sempre depois da perda, mais frequentemente depois da morte de alguém que estimamos. No entanto a perda é qualquer perda, pode-se dar após um aborto espontaneo, ou após um nado morto, ou mesmo após o fim de uma relação. O processo de luto segue usualmente algumas etapas comuns a quem o experiencía e traz sentimentos de angústia, solidão, raiva , culpa, tristeza, falta de interesse pela vida, entre outros. Podem haver manifestações de ordem física que são também naturais quando se passa por perdas, especialmente quando é pela morte de alguém que nos é querido.
O processo de luto não deve ser apressado nem apaziguado com medicamentos, os sentimentos experienciados são uma reacção natural á perda, são a forma do nosso intimo se proteger.
Fases do Processo de Luto
Como referi o luto não é igual em todas as pessoas. O Luto também não ocorre sempre com a mesma intensidade, no entanto existem algumas fases que lhe estão associadas.
As fases do processo de luto são:
Choque – é a reacção inicial á perda, no qual o sujeito fica “atordoado” com o acontecido.
Negação – É um mecanismo de defesa que a pessoa utiliza de forma inconsciente, e faz com que não acredite no que aconteceu, são comuns frases como “eu não acredito que isto me tenha acontecido”, “não pode ser possivel”, “isto não está a acontecer”, entre outras.
Depressão – é a fase em que a pessoa ja tomou consciência do que aconteceu. Nesta fase é comum a pessoa ter sentimentos de tristeza, chora muito, pensa muito acerca da morte da pessoa que faleceu, isola-se, não sente prazer nas actividades. Se estes sintomas persistirem e forem muito intensos podem dar origem a uma perturbação de humor.
Culpa – é um sentimento comum pois as pessoas começam a pensar em tudo o que poderiam ter feito, ter dito para que pudessem evitar essa morte. A culpa também pode aparecer por vezes como consequência do alivio pela morte de alguém que estava em sofrimento e que estimavamos. Pode acontecer numa situação de um doente terminal em sofrimento, por exemplo.
Ansiedade – Por vezes o sujeito passa por um periodo de ansiedade e de agitação causado pela perda. O Individuo em luto deseja muitas vezes encontrar o objecto ou pessoa que perdeu.
Agressividade – Por vezes o individuo revolta-se contra a perda, sente raiva, irritação e fica zangado por se encontrar na situação em que está. Os sentimentos de sgressividade podem ser dirigidos a sim mesmo ou a outras pessoas, para os médicos, para amigos ou mesmo para Deus.
Reintegração – É normalmente a última fase do processo na qual a pessoa se prepara para voltar a sua vida o mais normal possivel.
Quem lide com pessoas em processo de luto deve estar consciente que passamos todos por estas fases, algumas pessoas ficam mais tempo numas do que noutras, algumas fases parece que nem as passamos por elas.
Mais a frente conto falar mais do luto pois como todos devem imaginar é um tema muito extenso e não quero de forma nenhuma que fiquem entediados do assunto. É importante também sabermos reconhecer quando nos encontramos perante um processo de luto patológico e saber que medidas podemos tomar para ajudar quem nos é próximo a ultrapassar esta fase mais dificil.
Hum... se tiverem perguntas que achem que sejam pertinentes ou mesmo alguma curiosidade que eu possa pesquisar... Estão a vontade. Beijinhos.

domingo, 8 de março de 2009

Benefícios do Sorriso


"Este é um daqueles temas que têm apaixonado cientistas. As suas descobertas são surpreendentes.

De acordo com os estudos, as mulheres sorriem mais vezes do que os homens. O sorriso feminino é, por norma, intenso e espontâneo, ao contrário do masculino, mais racional.

As últimas investigações internacionais já identificaram oito boas razões para sorrir ou dar uma gargalhada. Está à espera de quê para soltar já uma?

1. Previne doenças

A respiração acelera, os batimentos cardíacos também, será que rir faz mesmo bem à saúde? Especialistas confirmam: após uma gargalhada a respiração torna-se mais profunda o que contribui para uma redução da tensão arterial, uma melhor oxigenação do sangue e aporte de nutrientes ao organismo.

2. Aproxima-o dos outros

O sorriso tem uma função primordial: expressar emoção e criar elos entre as pessoas. Os bebés usam-no desde logo para comunicar, e ao longo da vida, este marca a sua imagem e interfere na forma como se relaciona com os outros.

Inclusivamente quando não está a ser visto, revela um estudo da Universidade de Portsmouth, no qual os seus participantes conseguiram distinguir vários tipos de sorriso apenas pelo som da voz.

3. Estimula o cérebro

A actividade desencadeada pelo riso coloca ambos os hemisférios cerebrais em acção. Isto liberta a mente da tensão e stress psicológico e torna-a mais desperta para o que a rodeia, assim como para reter informação.

4. Rejuvenesce

O riso é uma das melhores estratégias para reduzir a ansiedade, mas funciona também como um poderoso anti-idade. Uma gargalhada frequente pode rejuvenescê-lo entre 1,7 e oito anos defendem Michael Roizen e Mehmet Oz, autores de «You - Manual de Instruções».

5 Liberta-o

Rir é vital para o ser humano, funcionando como o comando «reiniciar no computador», afirma Yoji Kimura, professor japonês que criou um aparelho para medir o riso através dos movimentos do diafragma.

E são as crianças quem ri mais livremente, com dez «Ah» por segundo, cerca do dobro do que emite um adulto.

6. Exercita o corpo

Se o sorriso se limita aos músculos da face, uma boa gargalhada fortalece outros pontos do organismo. É o caso do diafragma e da zona abdominal onde os benefícios são vastos, tanto a nível do tónus muscular como até na melhoria da digestão ou trânsito intestinal.

7. Combate o stress

O pensamento positivo é o passaporte para uma vida feliz. Como consegui-lo? Sorrindo. Além de ajudar a eliminar o stress, o sorriso «pode ajudar na recuperação da depressão.

Ver imagens positivas, como o sorriso superior, fortalece os pensamentos positivos», diz Freitas-Magalhães, psicólogo" (Vanda Oliveira).

Dia Internacional da Mulher


Nações Unidas marcam o dia com campanha para pôr fim à violência nas mulheres

"Homens e mulheres unidos para acabar com a violência contra as mulheres e as raparigas" é o tema que preside este ano ao Dia da Mulher, que se celebra este domingo, 8 de Março. O tema foi lançado em Fevereiro último pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que o descreveu como um «esforço destinado a prevenir e eliminar a violência contra as mulheres e meninas em todas as partes do mundo».

A campanha vai desenvolver-se até 2015 e pretende promover a congregação de esforços entre os governos, sociedade civil, organizações femininas, jovens, o sector privado e os “media”, para identificar e eliminar de forma definitiva a violência contra mulheres de todas as idades em todo o planeta.

No lançamento da campanha, Ban Ki-moon afrmou que «não há uma abordagem definitiva para a luta contra a violência nas mulheres. O que funciona num país pode não levar aos resultados desejados noutro. Cada nação tem de desenvolver a sua estratégia. Mas há uma verdade universal, aplicável a todos os países, culturas e comunidades: a violência contra as mulheres nunca é aceitável, nunca é desculpável, nunca é tolerável».

Entre as várias iniciativas preparadas para o Dia Internacional da Mulher, merece destaque, em termos simbólicos, uma que a Comissão Europeia lançou, com o patrocínio da Princesa Matilde da Bélgica: um concurso internacional de desenho infantil, que será subordinado ao tema da igualdade entre os sexos e convida as crianças dos países terceiros a expressar a sua visão sobre esta questão. Até agora, já participaram no concurso cerca de 60 000 crianças, entre os 8 e os 10 anos, representando 61 países de todo o mundo.

06 de Março de 2009 (in sapo).

Deixo-vos a pensar nisto...

A Grandiosidade do Homem Depende da Mulher, mas Só Enquanto não a Possui...


"O homem deve à mulher tudo quanto fez de belo, de insigne, de espantoso, porque da mulher recebeu o entusiasmo; ela é o ser que exalta. Quantos moços imberbes, tocadores de flauta, não celebraram já o tema? E quantas pastoras ingénuas não o ouviram também? Confesso a verdade quando digo que a minha alma está isenta de inveja e cheia de gratidão para com Deus; antes quero ser homem pobre de qualidades, mas homem, do que mulher - grandeza imensurável, que encontra a sua felicidade na ilusão. Vale mais ser uma realidade, que ao menos possui uma significação precisa, do que ser uma abstracção susceptível de todas as interpretações. É, pois, bem verdade: graças à mulher é que a idealidade aparece na vida; que seria do homem, sem ela? Muitos chegaram a ser génios, heróis, e outros santos, graças às mulheres que amaram; mas nenhum homem chegou a ser génio por graça da mulher com quem casou; por essa, quando muito, consegue o marido ser conselheiro de Estado; nenhum homem chegou a ser herói pela mulher que conquistou, porque essa apenas conseguiu que ele chegasse a general; nenhum homem chegou a ser poeta inspirado pela companheira de seus dias, porque essa apenas conseguiu que ele fosse pai; nenhum homem chegou a ser santo pela mulher que lhe foi destinada, porque esse viveu e morreu celibatário. Os homens que chegaram a ser génios, heróis, poetas e santos cumpriram a sua missão inspirados pelas mulheres que nunca chegaram a ser deles.

Se a idealidade da mulher fosse positivamente, e não negativamente, um factor de entusiasmo, inspiratriz seria a mulher à qual o homem, casando, se unisse para toda a vida. A realidade fala-nos, porém, outra linguagem. Quero dizer que a mulher desperta, sim, o homem para a idealidade, mas só o torna criador na relação negativa que mantém com ele. Compreendidas assim as coisas, poderá efectivamente dizer-se que a mulher é inspiradora, mas a afirmação directa não passa de um paralogismo em que só a mulher casada pode acreditar. Quem ouviu alguma vez dizer que uma mulher casada tivesse conseguido fazer do marido um poeta? A mulher inspira o homem, sim, mas durante o tempo que for vivendo até a possuir. Tal é a verdade que está escondida na ilusão da poesia e da mulher. Que o homem não possua a mulher, isso é o que pode ser entendido de várias maneiras. Ou está ainda na luta para a conquistar, e assim se disse que a donzela entusiasmou o amante a ponto de fazer dele um cavaleiro, mas nunca se ouviu dizer que um homem se tornasse valente por influência da mulher com quem casou. Ou está convencido de que nunca lhe será possível casar com ela, e assim se diz que a donzela entusiasmou e despertou a idealidade do amante que se manifestou capaz de cultivar os dons espirituais de que porventura era portador. Mas uma esposa, uma dona de casa, tem tantas coisas prosaicas com que se preocupar, que nunca desperta no marido a idealidade."


Soren Kierkegaard, in 'O Banquete' (Discurso de Vitor Eremita)

Feliz dia da Mulher!



Eu não posto a algum tempo mas como hoje ainda ninguém se lembrou de escrever isto aqui no nosso cantinho escrevo eu!!! Feliz dia a todas a Mulheres!!!! Não apenas ás meninas do blogue mas também a todas as que cada uma de nós mais estima... Ainda a todas as mulheres que aqui passam, e mesmo ás mulheres que são mães, amigas, irmãs, companheiras de todos os homens que espreitem. Um dia muito feliz para todas E Flores para vocês!!!!


Beijinhos!!!!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Síndrome de Fadiga Crónica ligada a traumas na infância


"Adultos que tenham sofrido traumas emocionais na infância parecem ser mais sujeitos a desenvolver Síndrome de Fadiga Crónica (SFC), indica um estudo publicado na revista norte-americana Archives of General Psychiatry. "O stress (na infância) combinado com outros factores de risco desencadeia provavelmente a Síndrome de Fadiga Crónica devido aos seus efeitos nos sistemas neuro-endócrino, nervoso central e imunitário", escrevem os autores do trabalho.

Mas como nem todas as pessoas submetidas a situações stressantes na infância desenvolvem esta síndrome na idade adulta, torna-se necessário compreender as diferenças na vulnerabilidade aos efeitos do stress, segundo os investigadores, entre os quais Christine Heim, da Faculdade de Medicina Emory, em Atlanta (Geórgia)

Nesse sentido, foram estudados 113 pacientes com fadiga crónica e 124 indivíduos saudáveis que serviram de grupo de controlo. Os participantes foram seleccionados entre 19.381 adultos que foram vítimas de traumatismos físicos, emocionais ou de negligência na infância. Foram submetidos a exames para saber se sofriam de depressão, ansiedade ou stress pós-traumático, e a análises para avaliar o nível da hormona cortisol na saliva.


Um baixo nível desta hormona, um córtico-esteróide segregado pelo córtex da glândula supra-renal, indicaria uma baixa da actividade do principal sistema neuro-endócrino de resposta ao stress.

Os investigadores determinaram que os traumatismos sofridos na infância estão associados a um aumento de 600 por cento do risco de desenvolveram síndrome de fadiga crónica. Concluíram também que os abusos sexuais e emocionais e o facto de terem sido vítimas de negligência na infância estão todos ligados às SFC.

Os pacientes do grupo estudado revelaram estar mais sujeitos a depressão, ansiedade e stress pós-traumático que os do grupo de controlo, e os seus níveis de cortisol eram mais baixos do que os deste grupo. "Os resultados deste estudo são essenciais para guiar as investigações tendentes a determinar alvos de tratamento para prevenir a Síndrome de Fadiga Crónica", consideram os autores.

A SFC é uma doença rara de causa desconhecida que pode afectar entre 75 e 260 pessoas por 100.000 habitantes, consoante os países, calculando-se que possam existir cerca de 15 mil doentes em Portugal, segundo dados da Myos - Associação Nacional contra a Fibromialgia e a Síndrome de Fadiga Crónica.

Envolve um conjunto bastante complexo de sintomas, sendo predominante um cansaço intenso que se pode tornar incapacitante em mais de metade dos doentes. Incide três vezes mais em mulheres do que homens e surge em todas as idades, embora seja predominantemente entre os 25 e os 45 anos." (in Ciência Hoje)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Música contra sintomas da depressão


A MUSICOTERAPIA foi mais eficaz na redução dos sintomas de depressão que psicoterapia convencional:


A musicoterapia pode reduzir os sintomas da depressão, segundo revisão sistemática publicada pela Biblioteca Cochrane, organização mundial dedicada ao estudo da eficácia de intervenções terapêuticas.

Os investigadores analisaram cinco estudos que avaliaram o uso da música no tratamento de pessoas deprimidas, dos quais quatro mostraram que o método foi mais eficaz que outras técnicas psicoterapêuticas que não usam recursos musicais.

“Embora a evidência tenha origem em estudos de pequeno porte, ela sugere que essa é uma área que merece mais investigação”, diz a arteterapeuta britânica Anna Maratos, coordenadora da pesquisa.

O interesse pela música como recurso terapêutico não é novo, mas tem crescido nos últimos anos devido a inúmeras experiências que mostram a influência benéfica da combinação de ritmos, melodias e harmonias numa série de transtornos psíquicos.

Alguns bons exemplos estão no livro mais recente do neurologista britânico Oliver Sacks, Alucinações musicais, publicado no Brasil pela Companhia das Letras.


Diferenças na resposta aos medicamento


O efeito das drogas antidepressivas costuma variar de pessoa para pessoa. De fato, em alguns pacientes, elas podem não surtir efeito algum. Incompreendida por muitos anos, a razão dessa variabilidade começa agora a ser decifrada pela genética.

Estudo publicado pela revista Neuron demonstrou que 11 variantes do gene que codifica uma proteína transportadora, no cérebro são responsáveis pela menor eficácia de medicamentos como o citalopram (vendido no Brasil como Celexa, Cipramil e Cipran, entre outros) e venlafaxina (Alenthus, Efexor, Venlaxin etc.).

Segundo os autores, os resultados ressaltam a necessidade da prescrição personalizada de drogas para depressão de acordo com o perfil genético do paciente.

“Assim evitaríamos que um paciente tome um remédio que certamente não fará efeito, o que, além de frustrante, é um desperdício”, afirma Manfred Uhr, coordenador do estudo.
(artigo retirado da net)

Pois eu também sou a favor de terapias alternativas à medicação, quando isso é de todo viável!!


Beijinhos e bom resto de dia!

P.S. - Farei outro post, mais detalhado, falando na Musicoterapia, que eu tanto aprecio!
✿fifi✿

segunda-feira, 2 de março de 2009

Síndrome de Cotard


Existem uma quantidade de síndromes considerados bizarros.Uma pesquisa do jornal australiano Sydney Morning Herald relacionou alguns dos síndromes mais estranhos que atingem o ser humano. Podem parecer loucuras (e são...), mas para cada uma dessas doenças existe um batalhão de médicos que tentam descobrir a cura. (artigo completo)
Entre esses síndromes encontra-se o síndrome de Cotard.

Síndrome de Cotard: A síndrome de Jules Cotard ou delírio niilista é uma rara desordem no qual a pessoa tem a crença de que já está morta, que não existe, que está apodrecendo e perdeu os órgãos internos. Alguns doentes inclusive chegam a perceber o cheiro de sua carne em putrefação ou sentem como os vermes os estão devorando.

Um caso famoso do síndrome Cotard descreve uma mulher que estava tão convencida de sua morte que fazia questão de vestir um sudário e dormia num caixão. Pediu para ser enterrada e como seus familiares se negaram, permaneceu em seu caixão até que faleceu algumas semanas depois. Há outro caso de um homem que depois de um grave acidente pensou que já estava morto, e quando o transladaram a sua cidade natal, na África, pensou que estavam levando-o para o inferno, pelo calor que ali fazia.

Artigos Relacionados: O Pacto com o Diabo e a Vida Eterna , e Síndrome de Cotard
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